domingo, 25 de abril de 2010

eu sei de você

eu não sei escrever bonito sobre o realmente bonito..
não sei escrever direito sobre o que me faz ser direito,
eu já não sei nem mesmo escrever sobre coisas minhas,
então vou escrever sobre coisas tuas:
tua risada, tão boba e meio sarcastica..
teu abraço tão por inteiro desajeitado,
tua cor amarelinha de tão branca, e nunca,
NUNCA, dourada do sol..
tuas palavras tão duras que chegam a ser carinhosas,
teus ensinamentos, se é que podem receber esse nome,
tão certos, tão teus, e agora, tão meus!
tu por inteira, tão bonita, tão meiga, tanto que nem sabes..
eu te conheço, e se tu as vezes não sabe, vou te dizer,
eu sei, sei quem és, e o melhor, sei como és, tá bom?

GRARW

Você, que me sorri através de uma tela, me faz sentir amada quando sequer pode me dar um abraço, fica sempre aqui, mesmo quando não tá.
Vem, me mostra o quão grande nós somos lado a lado, faz com que eles vejam como tudo pode ser simples, ou como tudo que é complicado pode ser mais ainda, e ainda assim, ser um complicado alegre, porque é você que vai estar rindo das minhas bobagens.
Pode até parecer loucura, mas que seja, porque ninguém pode negar o que ficou.
Amor, aqui, ali, sempre amor, mesmo que mude.

Agora esteja bem, aperte seus olhinhos enquanto contrai os musculos desse rosto lindo, me mostra esses dentinhos perfeitos e grita pra mim amor, mesmo que eu não possa escutar, eu vou sentir, eu sei, você sabe.

texto da giovs (http://silogismoseis.blogspot.com/)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

como?

até agora pensei que só pudesse sentir falta do que já tive.. e bem, desculpe pela frase confusa, mas eu sinceramente não consegui expressar de outra forma.. hoje acordei meio confusa, sentindo falta de algo que nunca tive..
posso sentir seu cheiro e tua força quando me pegavas em teus braços..
posso sentir teu abraço! como? como? eu nunca o tive.. mas eu o sinto!
sinto teu peito batendo contra o meu.. posso até sentir teu cheiro de mar e baseado, um cheiro doce e ao mesmo tempo salgado.. posso ouvir teu riso chapado, baixinho, ao pé do ouvido..
posso te ver me chamando 'minha linda, vem cá', posso sentir teu carinho, tua preocupação, posso até sentir a segurança que você me passava.. consigo até reproduzir algumas coisas do teu vocabulario.. esse ultimo alias, que nunca esqueci.. posso sentir aqui dentro de mim um nó que nem nunca foi feito, uma peça de um quebra-cabeça que nunca existiu.. e um eu de um nós que nunca esteve aqui.. como? como?

sábado, 3 de abril de 2010

uma escrita feita de tristeza,
de lágrimas não choradas,
de músicas tantas vezes escutadas.

uma escrita feita de sofrer,
de sentimentos,
de querer e não poder.

uma escrita feita de uma vida já passada,
de dias frios,
de uma página virada.

uma escrita feita do que já não sou,
feita deles, daquilo, de uma outra.
uma escrita em que não cabia felicidade.
uma escrita que já não pode existir.
as lágrimas foram choradas,
já não existe mais sofrer.
os cantos já tão outros,
e os tempos, como tantos,
tantos outros, são outros,
em que me pego a viver.